Era adolescente e achei que não fosse conseguir, por isso, nunca tentei. Mais tarde, aos 30 anos, mais confiante, com a experiência de alguns sucessos e outros fracassos pessoais, resolvi que iria"tentar"....
O surfe é uma maneira muito clara de medir suas capacidades, esforços e resultados. É um desafio. Não gosto de adrenalina, mas gosto da superação e da conquista. Sobretudo da conquista.
Fiz o plano básico. Peguei uma prancha emprestada, larga, grande e entrei numa escolinha de surfe perto da minha casa, no Rio de Janeiro. 3x por semana ia `a praia de manhã e ficava por umas 2hs com a turminha de iniciantes. Meu filho era bebê e também ia comigo. Rolava um revezamento e algumas outras mães ficavam com ele na areia, enquanto eu estava na água.
Um ano depois já estava no Hawaii, com minha própria prancha, meu leash, minha parafina, minha roupa de borracha e caindo em mares sozinha. Óbvio que eu era muito ruim....mas não estava nem aí. Essa é uma das vantagens da maturidade! Fazia aquilo para mim, não para os outros! Tive incentivo importante dos meus amigos surfistas e do meu marido sobretudo, que sempre me apoiou e nunca teve vergonha de ir surfar comigo (ou disfarça bem até hoje)!
Quebrei o nariz num erro crasso de deixar a prancha bater no meu rosto após uma vaca, tomei caldos enormes e engoli bastante água, mas hoje posso dizer que aprendi o básico. O que mais me motiva no surfe é essa sensação de chegar no outside, olhar em volta, cumprimentar os outros surfistas, sentir a natureza em minha volta e pensar: "eu consegui! estou aqui! e foi tudo mérito meu!"
Em breve estarei indo para minha 6a. temporada como surfista no Hawaii e espero aprimorar ainda mais minhas manobras. Hoje pratico surfe na remada, tow -in e Stand Up paddle e todas essas modalidades me trazem a mesma condição de aprendizado: de que sou capaz se me esforçar, se fizer com amor e dedicação.
Por isso, colegas de idade ou gênero, sim, mulheres de 20, 30, 40 anos, não desistam. Provavelmente vocêm tem mais "talento" do que eu para o esporte! Não é fácil, mas o caminho é divertido, um exercício maravilhoso de auto-conhecimento e superação! As ondas nunca param de quebrar, o sol nunca cessa de brilhar, mas a vida é breve e é muito bom aproveitá-la ao máximo.
ps: se precisar de alguma ajuda ou quiser trocar idéias sobre essa experiência, me mande uma mensagem, que eu quero te conhecer! ligiamoura@uol.com.br
Ligia Moura
Ligia é empresária, gestora ambiental, esposa do big rider Carlos Burle e mãe de Reno Kai, 5.
Essa sou eu! Empolgada, surfando um outside reef no Hawaii em 2014.
Mais fotos em:
http://www.surfline.com/photos/index.cfm#!/gallery/custom/barra-beach-10-04-2014------
Brazilian, living in Hawaii for surfing, living and yoga studies. Welcome to my personal blog. Here I'll explore things that interests me like self development, yoga, food, exercice, and travels. This blog is both in Portuguese and English, since sometimes I feel like writing in either one. Mahalo ! Thanks ! Brasileira morando entre Brasil e Hawaii, posts sobre desenvolvimento pessoal e troca de experiencias! Obrigada pela leitura!Namaste! :)
sábado, 5 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Família que segura a onda
Reportagem publicada na revista Fluir junho/2015:
Demorei um tempo para entender
que a partir do momento que decidi me casar com um surfista de ondas grandes
deveria rever meus conceitos de “estabilidade”, “rotina” e “segurança”.
A “rotina” de não ter “rotina”
afeta toda nossa família. Um café da manhã tranquilo pode virar um “maremoto” após
um “click” no site de previsão de ondas, onde vê-se uma ondulacão enorme indo
para o Taiti ou de um email com a chamada de um campeonato em alerta “verde” no
Chile, no Peru, na Califórnia….. daí começa uma sequencia de correria para
comprar as passagens, arrumar as malas, embalar as pranchas, cancelar todos os
compromissos para próxima semana.
Sempre que podemos, para ficarmos
juntos, viajamos para acompanhar meu marido. Meu filho, Reno Kai, de 5 anos
nunca cumpriu o calendário escolar direito.. Tem saudades da escola e as vezes,
quando passamos mais de 1 semana longe, sou eu quem tem que rever as materias
com ele no hotel, no avião….
Não é fácil, mas acredito que
todo mundo tem seus desafios e eu não posso reclamar. Enquanto muitas pessoas
querem uma vida de aventuras, eu rezo para conseguirmos comemorar o Natal em
casa, no Hawaii, sem correrias (o que nem sempre acontece, já que Dezembro é o
auge da temporada de ondas grandes no hemisfério Norte), com presentes na
lareira, família e amigos.
“As pessoas que estão ao seu lado são as pessoas que irão te
ensinarão a viver”….me disse Carlinhos um dia.
Quando o mar fica gigante,
Carlinhos é o ser mais calmo do planeta. Dá até aflição. Se controla e finje
que a adrenalina não está correndo em suas veias. Acorda, medita, se alonga,
faz ele próprio seu mingau de aveia, pica as castanhas por cima e com paciencia
espera a colher de mel escorrer até o prato. Eu vou ficando ansiosa, assim como
todos que estão a sua volta. Na praia, nesses momentos tensos, com o mar
enorme, cumprimenta todo mundo, sorri, conversa….
Para mim isso é uma lição de
estabilidade emocional e auto-controle invejável. Requer prática, e eu me
espelho nele para um dia conseguir controlar meus “hormônios” o tempo todo.
As vezes sonho que ele vai deixar
um swell passar e não vai mais querer surfar as maiores ondas do planeta…..mas
claro, hoje isso é somente um sonho….um desejo talvez, de ter as pessoas que eu
amo seguras ao meu lado. Mas no momento seguinte, deixo de remar contra a
correnteza e me apegar `as certezas que não existem, para deixar as coisas
fluirem, …no ritmo que as coisas tem que acontecer….sei que um dia,
naturalmente, ele vai parar….. nao agora, não sei quando, quem sabe?! Sempre
brincamos que o que agente não sabe, Netuno sabe, então deixa para ele esse
dilema e vamos rezar e agradecer pelas ondas que estão sempre quebrando
perfeitas em algum lugar!
Ligia Moura- Ligia é esposa do big Rider Carlos Burle.
Paulista, empresária, gestora ambiental e surfista amadora “esforçada”.
Contato:
ligiamoura@uol.com.br
Todos compenetrados! Carlos, eu e Reno Kai
Relax pós surfe. Carlos, Reno Kai e eu!
Família Burle posando no nosso super Stand Up inflável
Família Burle numa festa de família
Reno Kai e Iasmim
Carlos Burle, Ligia Moura e Reno Kai no Hawaii
Ligia Moura, Reno Kai e Carlos Burle `a caminho do surfe, Hawaii.
Diário de Rapa Nui
REPORTAGEM PUBLICADA SITE REVISTA TPM EM JUNHO DE 2014:
http://revistatpm.uol.com.br/so-no-site/diario-de-rapa-nui.html
http://revistatpm.uol.com.br/so-no-site/diario-de-rapa-nui.html
Vou começar falando do “Mana”. “Te Pitu Te Henua”,
ou “o umbigo do mundo”, como a
Ilha é conhecida em Rapa Nui tem pouco mais de 5.700 mil residentes fixos, um
mar de um azul profundo e uma natureza colorida, verde e florida, que emana uma
energia muito boa, o que os locais chamam de “Mana”, mas que eu poderia chamar
de “paz”.
A ida até a Ilha de Páscoa é longa…são 3h30 do Rio
de Janeiro até Santiago e mais 5h30 de Santiago até a Ilha. Todos os dias as
13h00 chega o único avião da Lan Chile vindo do continente.
Ilha de Páscoa recebeu esse nome, porque foi em 5 de
abril de 1722, um domingo de Páscoa, que o navegador holandês Roggenveen
descobriu Rapa Nui, enquanto seguia para o Tahiti.
A Ilha tem 163km2 e em poucas horas se consegue dar
a volta na ilha pelas estradas asfaltadas que ligam `a pequena (e única cidade
de) Hangaroa e os principais localidades turísticas da Ilha: os 15 Moais, o
vulcão Ranu Raraku, de onde eram extraídas as pedras das estátuas, o Vulcao
Ranu Kau e a praia de areia branca de Anakena.
Para nós, os surfistas, o resto das praias ou point
breaks são acessados por trilhas entre pastos, pedras e (ops!) Moais…
Viemos com 8 pranchas de surfe e uma de SUP
inflável, 1 mala só com roupas de borracha e coletes de tow in, 1 sled e uma
mala de roupas. Some-se a tudo isso fraldas e brinquedos do RK. Quando achei
que isso tudo era muito, encontramos a família do Alemão de Maresias, Renata,
Renê, com 4 anos e Samuel com apenas 8 meses!
Aqui na Ilha também estão Silvio Mancusi, Bia, seu
filhinho Benjamin e a equipe de filmagem do seu programa! Verdadeira farra
brasileira!
Gracas `a Deus, `as ondas e aos nossos amigos
surfistas nativos, Wilo, Renê, Uti e papo, a expedição de surfe foi muito bem
sucedida. Burle e Alemão conseguiram pegar bons mares de até 15 pés, vento
terral e sol!
Além de surfe, fizemos mergulhos (aqui é um dos
melhores lugares do mundo para mergulho, pois a visibilidade na água chega a 50m,
graças `a pouca presença de planctons e afluentes), passeios de bike e
trekkings. A ilha é um imenso gramado com sítios históricos por todos os
lados…tem que se tomar cuidado para não “pisar” em nenhum “Moai” caido no chão,
ou numa pedra que tenha um “petroglifo”, inscrição ou desenho ancestral. Os
nativos estão sempre de olho nos turistas e dizem que , quem é pego
“danificando” os monumentos é banido para sempre do país….não duvidamos e
tomamos sempre muito cuidado, inclusive com as crianças….
Agua. Infelizmente a água que said a torneira não é
tratada e temos que viver comprando garrafas e garrafas de água….um desperdício
aflitivo…. Além do valor alto. Cada garrafa com 1,5l custa US$ 4, ou R$ 10.
Por 2 vezes contratei a recepcionista da pousada, a
chilena de 20 anos Nilce, para cuidar do Reno Kai, enquanto surfava…ao todo surfei
4 vezes em 10 dias…dado que o mar por vezes estava muito grande, por vezes
muito vento e que não tinha babá, foi uma media boa em 10 dias … Ela cobrou US$
15 por hora, $ 8,500 pesos. Já tinha ouvido falar que na ilha falta opções de
vestuário, maquiagem, tudo que as mulheres gostam de comprar…e que todas
“adoram” comprar roupas das turistas!, então perguntei se ela não preferiria ficar com minha roupa de
borracha e ela aceitou na hora!…. Realmente as opcões de compras aqui são
limitadas…o ideal é trazer tudo que se precisa…ou um pouco mais para fazer esse
tipo de “comercio informal”.
Ceviche: Te Moana tem o melhor ceviche da ilha. O
Duo, são 2 tipos fresquíssimos: com leite de coco ou frutos do mar. Vem
acompanhados de batatas doces fritas, “os camotes”, como são chamados por aqui.
Empanadas: Praticamente todos os restaurantes e
padarias (só deve existir umas 3 na cidade toda) tem. Custam entre $ 2.000 e
$3.500 (equivalente a US$ 4 a US$ 7) e são de vários sabores: carne, queijo,
vegetarianas, de frango ou peixe. Assadas ou fritas fazem parte da cultura
local. Empanadas com cerveja, com sucos naturais (de goiaba ou manga da ilha)
ou até mesmo café.
17/05,sábado:
Embarque no Rio direto para Santiago. Dormida em
Santiago no hotel Holiday Inn, na frente do aeroporto.
18/05,
domingo:
Atrasados, com frio de 5oC, atravessamos a rua
correndo com toda essa bagagem e encima da hora, conseguimos fazer o embarque.
Cachorrão, nosso amigo e filmmaker, os Assunção, já estavam todos `a nossa
espera.
Voo da Lan, a melhor companhia aérea da AL, com
duração de 5hs.
Chegando no aeroporto uma calorosa recepção…amigos
Rapa Nuis nos esperavam com “leis” , aqueles colares de flores coloridas e
muito “Mana” (Mana, é energia positiva na lingual tradicional polinésia).
Nos dividimos em várias caminhonetes 4x 4 e partimos
para a nossas acomodações. Alemão e sua família ficaram numa casa bem
confortável e nós numa pousada, aonde ainda encontramos o Sivinho, Bia e Ben
(Mancusi), que gravavam para seus programa.
Almoçamos na beira da praia, num conjunto de 3
trailers, na frente do campo de futebol, onde se vende de tudo e se encontra
todo mundo. Ceviches, empanadas e sucos naturais.
O clima é de festa e o swell já encostava nos
gráficos e nas previsões. Amanhã tem onda. O negócio foi acordar cedo para
guardar energias.
19/05,
segunda:
Vinapu é uma onda tubular de direita, que quebra
encima de uma bancada rasa de pedra, ao sul da ilha. Foi neste lugar que Burle,
Alemão e seus amigos Rapa Nuis, Renê, Wilo e Uti foram surfar na primeira queda
da temporada. Dizem que o difícil aqui é um bom vento terral para segurar a
parede de onda. Neste dia tinha um vento bom e 8” de ondas perfeitas, azul da
cor marinho profundo com turquesa, nas áreas mais rasas…lindo de morrer.
Temos 2 jet skis a nossa disposição e muita
disposição de todos para rebocas os surfistas brasileiros…todos querem ver e
aprender com eles…
Chegamos ontem e já somos conhecidos na Ilha toda…os
“tablistas brasileiños”. Só espero que deixemos uma boa impressão….
Para nós, mulheres e crianças, nos restou um banho de mar maravilhoso na piscina
natural de pedras ao lado do porto de Hanga Roa. O clima está maravilhoso…entre
15o e 25o durante o dia.
Visitamos o “mercado de artesanias”, onde se
encontram moais de todos os tipos e jeitos: em camisetas, brincos, imã de
geladeira e brinquedos, além dos tradicionais artesanatos de Madeira esculpida
e pedra.
20/05, terca:
Surfe em Papatangaroa e Vinapu. 8’ a 10’ pés com
vento terral e altas imagens.
Acordei na fissura e fui surfar….mar com muito vento
maral…mas value pelo esforço. A onda mais fácil que tem na ilha é ao lado do
porto, na praia de Te Hanga Rio Rio. Esquerdas mais rápidas e direitas mais
moleza, que quebram entre pedras. O fundo é raso na entrada e saída e tem que
se tomar cuidado com ouriços (sempre).
Fomos todos passear pela Ilha com Pic Nic de
Empanadas e frutas. Passamos por Vinapu, os 15 moais (Moais quer dizer estátua
em polinésio Rapa Nui e estas, as mais imponentes da Ilha, estão de costas para
uma linda baía, olhando para o vulcão Ranu Raraku. Reza a lenda que elas datam
de 1.200 e que foram muito destruídas por guerras tribais e terremotos desde
então. Em 1960 foram novamente colocadas no lugar por uma junto arqueológica.
Depois fomos ao Ranu Raraku, o vulcão que determinou
de vez a vida e a cultura desta ilha. Suas rochas, sólidas e resistente, foram
a base da construção das estátuas, hoje patrimonio da humanidade. Diz a
história que há 1.000 anos atrás, Rapa Nui tinha várias aldeias, e cada
aldeia tinha seus espiritos protetores, a quem os Moais eram dedicados. Todos
vinham esculpi-las aqui, depois percorriam distancias superiors `a 20km com as
mesmas, para colocá-las em seus “Hau” ou altares de pedras. O passeio é todo
feito `a pé e tem que se entrar no parque Nacional, pagando um ingresso de US$
60, que dá livre acesso `a todos os sítios arqueológicos. É um museu gigante a
céu aberto.
Realmente o carro é muito necessário….bicicletas,
para os mais aventureiros.
21/05,quarta
:
Hoje acordamos cedo, tomamos nosso café reforçado
(banana da terra cozidas, ovos, nozes, salada de frutas, nescafé….) e fomos
checar as ondas em Vinapu. Chegando lá, mesmo contra as previsões, o mar estava
lindo, perfeito…Cachorrão pulou na água (a principio p procurar a camera Go Pro
, que perderam no dia anterior) com a Go Pro e eu fiquei filmando o Burle pela
primeira vez do cliff. O Reninho ficou brincando de escavações, encontrou
ossos, muitos bichos embaixo das pedras….Levamos empanadas, sucos, frutas e
mais uma vez fizemos um grand epic nic. Nadamos também nas piscininhas
naturais, que se formavam entre as pedras. Muito tempo depois outros surfistas
se juntaram `a nós. Alemão, seus amigos, de SUP. Wilo destruiu sua prancha nas
pedras.
Jantar no Te Moana para comemorar.
22/05,
quinta:
Gabriel, nosso cinegrafista chegou hoje para
completar o time! Eu e RK fomos passear pela cidade, compramos lembrancinhas na
casa de artesanias, visitamos um studio de Tattoo e compramos empanadas para o
almoço.
23/05, sexta:
Passamos o dia em Mataveri filmando. 2 jets, remade
e tow-in o dia todo. Tinha até 15 pés de ondas fortes, rápidas, de esquerda,
com vento terral, que dificultava muito a entrada na onda.
As criancas ficaram no parquinho brincando. A ilha
deve ter 1000 criancas e uns 5 parquinhos…todos lindos, de madeira.
Jantar no restaurante do Rene, Te Moana para
comemorar!
24/05,
sábado:
Hoje explorei a cidade, fui `a igreja, visitamos
lojinhas interessantes, como da alemã, Petra, que vive a 16 anos na ilha e
fabrica seus proprios sabonetes e oleos de massagem e terapeuticos, além de
vender chocolates caseiros e produtos da Weleda. Fizemos um almocinho na casa
da Renata. Abobrinha, tilapias, arroz e lentilha.
A tarde surfe com os maridos. Acertamos em cheio. Sábado
`a tarde com ondas, é o maior crowd da semana! Sobravam poucas ondas…estava
lindo, mas sofrido para nós. Acabou que pegamos uma ou duas. Contratei a
recepcionista da pousada para cuidar do RK e a Renata arrumou uma também. Deu
super certo e nos divertimos das 16h30 até as 18h30….
Jantar no Te Moana novamente!
25/05, domingo:
Dia de sol, relax e surfe nas marolas. Muito sol,
calor e ondas menores! Foi maravilhoso! Peguei mais esquerdas, que direitas. O
Alemão ficou de “babá”, mas depois teve seu momento de curtição também.
Almoçamos empanadas na praia e fomos passear. Por do sol no Ranu Kau, o vulcao
ao sul da Ilha. Lindo.
26/05,
segunda:
Acordamos antes do nascer do sol, 6h30 para ver o
nascer do sol no Ranu Kau desta vez. Tiramos muitas fotos, filmes….voltamos
para o café da manhã. Aluguei uma bike e fui pedalando até Anakena (18km). A
única praia de areia branca da ilha, localizada numa linda baia com Moais a
vigiando (claro!).
27/05,
terça:
Nosso ultimo dia! Reunimos todos na pousada e
partimos para a casa do Tuma (Tuma Heke Duran Veri Veri), ganhador por 16 anos
do triatlon Rapa Nui, o “Tau’a Rapa Nui” ,modalidade esportiva que reune 3 atividades
tradicionais da ilha:
- Vaka Ama: canoagem em pequenas embarações de
“totora”, espécie de “taboa”, extraída das várzeas do lago pluvial do vulcão
Ranu Raraku;
- Natação em Pora: “prancha” de “totora”;
- Aka Venga: corrida com 2 pencas de bananas nos
ombros.
Tuma nos recebeu em sua casa, nos mostrou seus
troféus, fotos dos campeonatos, de sua família e amigos. Na garagem, várias
Vaka Amas e Poras. Tuma ensina as crianças `a fabricar estas embaracações
tradicionais e tem muito orgulho de sua cultura. Fala com carinho do trabalho
que dá para construi-las. Entre colher e secar as totoras, esticá-las e
prendê-las com cordas no formato de uma “banana gigante” , leva-se um mês. O
tempo de uso de cada uma chega a 4 anos. Tuma fabrica também seus próprios
remos, de madeira esculpida.
Pegamos a Vaka ama e a Pora , colocamos no rack do
carro e partimos para o lago do Ranu Raraku. Lá os mais corajosos se
aventuraram num passeio pelo lago, experimentando os diferentes equipamentos. A
água do lago é congelante e muito escura…uma bela experiencia! Com uma extrema
conexão com a natureza, Tuma ainda nos presenteou com uma prece na sua língua
natal, que deixou todos emocionados.
Ao chegarmos em casa, cansados e felizes, Wilo e
René tinham ido pescar e nos presentearam com uma refeição típica: peixes
assados na brasa sobre folhas de bananeira. Como não poderia faltar numa festa
Rapa Nui, cerveja (Escudo), violão e canções típicas.
E assim, comemorando a amizade sem fronteiras,
comemos e agradecemos juntos por esses 10 dias maravilhosos que passamos no
umbigo do mundo!
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